Os 10 mandamentos da negociação
Os 10 mandamentos da negociação
Por Nancy AssadAmor é uma palavra traiçoeira. Dá-nos a impressão de que só se pode amar uma coisa por vez. Mas a vida não é compartimentada, segregada, dividida em pastas, dossiês e arquivos. Atualmente, a vida cotidiana se desdobra em família, amigos, hobbies, passatempos e, claro, o trabalho. Para lidar com tantos compromissos, é preciso saber negociar. O fiel da balança é o tempo. Lembre-se que o seu trabalho é o pilar que sustenta a sua qualidade de vida e o bem-estar de sua família. Portanto, para viver bem, é fundamental zelar por sua corporação.
Uma negociação não é um tribunal. Por isso, não vale “apelação”. Um dos fundamentos de uma boa negociação é o respeito mútuo entre as partes, sem espaço para apelar para o lamentável coringa: “Você sabe com quem está falando?”. Por esta razão, não queime o cartão de visita da sua empresa com arrogância, presunção ou prepotência. Cultive uma relação de “igual para igual” com os profissionais com quem você está negociando.
O decálogo original nos diz para guardarmos “domingos e festas”. E não podia ser mais certeiro. No mundo dos negócios, catalisado pelas novas tecnologias, temos a tendência de atropelar o tempo. E, muitas vezes, de passar por cima do tempo dos outros. Por mais que uma negociação seja urgente, é importante respeitar o tempo. Discutir propostas sob uma pressão exacerbada só atrapalha o entendimento.
Uma negociação é um contrato de damas e cavalheiros. Ao lançar uma proposta, para selar uma negociação, seja prudente e honre a sua palavra. É a sua credibilidade que está em jogo, assim como o nome de sua empresa. Uma negociação não é um vale-tudo, que permite mentiras e propostas indecentes.
Não seja o tipo de negociador capaz de “tudo” para sair vitorioso de uma discussão. Respeito é bom, sempre – mesmo quando as partes encontram dificuldades para chegar a um acordo. Tudo tem limite. E este limite é a ética.
É verdade que errar é humano. No entanto, premeditar um erro é dar um passo em falso. Para uma negociação, a sinceridade é um item essencial. O erro, desde que sincero, é perdoável. A mentira, friamente calculada, é um pecado capital.
As regras do jogo são claras: não vale roubar. Esta não é só uma questão ética e moral, mas uma questão de direito. Por isso, jogue limpo. Uma negociação não deve ser um jogo de ganhadores e perdedores. Ao contrário, pois se bem conduzida, a negociação pode se tornar um belíssimo jogo de ganhadores e ganhadores.
A verdade é o valor mais importante – e não só na negociação, mas na vida em sua plenitude. Por isso, a mentira está fora de cogitação. O falso testemunho rompe, muitas vezes irremediavelmente, a relação de confiança entre os negociantes.
9. Não desejarás a empresa ao lado
A fidelidade é essencial. É possível manter um relacionamento com várias parcerias profissionais ao mesmo tempo, mas não faça jogo duplo. Se estiver em uma negociação com uma empresa, não aposte simultaneamente na empresa vizinha, “a mulher do próximo”.
Ao discutir propostas com um profissional, você está procurando trazer melhorias e aperfeiçoamentos para a sua empresa – o que pode acarretar progressos para outras pessoas. Por isso, não seja ambicioso a ponto de tentar se aproveitar dos outros. Não inveje as conquistas alheias, mas busque aprender com elas.
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