Parábola Hindu – Os Cegos e o Elefante

Tive uma aula no meu curso de MBA em Gestão Estratégica de Negócios, que levantou a questão de como enxergamos as coisas a nossa frente. Ontem no programa Big Brother Brasil (que não tem nada de amizade), o apresentador Pedro Bial, que começou a sua carreira no Fantástico, foi correspondente internacional da Rede Globo, no início da década de 1990, em Londres. Cobriu eventos importantes como a Guerra do Golfo, o Colapso da União Soviética e a queda do Muro de Berlim. Um fato curioso é que, quando Bial foi entrevistar um grupo de beduínos no deserto da Jordânia, foi convidado para jantar, e teve de comer um olho de carneiro, seguindo as tradições daquele povo. Hoje é apresentador do BBB!!! Mas vamos lá...


BBB12 – No programa de segunda-feira do Big Brother Brasil 2012, Pedro Bial iniciou a história de um elefante e disse que a continuaria no paredão dessa terça-feira. Pois bem, chegou a hora! O apresentador dividiu seu famoso discurso em duas partes. A primeira, ele batizou de “A maldição”. As palavras foram para os brothers não se iludirem, pois todos chegarão no momento em que João Mauricio e Jonas se encontram “Nenhum sobrará, todos serão executados. Um, apenas um subirá ao paraíso”, ressaltou Bial. A segunda parte foi chamada de “A bênção”. Uma fábula hindu. “Um elefante muito grande e cinza estava comendo tranquilamente em um belo jardim. Parou para suspirar...

Logo me lembrei desta fábula, sobre seis sábios cegos, e um elefante. Encontrei esta fábula na internet, e trago aqui para que possamos fazer uma pequena reflexão, de como as vezes não exergamos as coisas como realmente são, e de que forma isso pode acabar prejudicando nosso próprio desenvolvimento. Vamos a fábula então:




“Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda.

Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre qual seria o mais sábio.

Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:

- Somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí discutindo como se quisessem ganhar uma competição. Não aguento mais! Vou-me embora.

No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num enorme elefante. Os cegos nunca tinham tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.

O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:

- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles não se movem; parecem paredes…

- Que palermice! – disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. – Este animal é pontiagudo como uma lança, uma arma de guerra…

- Ambos se enganam – retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. – Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia…

- Vocês estão totalmente alucinados! – gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. – Este animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos são bamboleantes, como se o seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante…

- Vejam só! – Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! – irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. – Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até pendurar-me nele.

E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.

Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tacteou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:

- É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas numa parte, pensam que é o todo, e continuam tolos!”

Comentários

  1. achar que já se sabe tudo, sempre é sinal de burrice.devemos estar atentos para todas as opiniões e absorve-las para seguir no caminho da sabedoria, que é infinito.
    QUANTO MAIS SE SABE, MAS DEVO CONTINUAR A BUSCA DO SABER.

    Aldo De Oliveira
    aluno 1ª série ciências contábeis sala 25 ano 2012

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  2. Olá Aldo,
    Muito obrigado pelo feedback, temos que sempre olhar com sabedoria. Ninguém é bom em tudo... Algumas conclusões sobre essa história...

    A experiência das coisas que cada homem pode ter é sempre limitada. Por isso, a sensatez obriga a levar em conta também as experiências dos outros para se chegar a uma síntese.

    A pessoa, o ser humano, apresenta muitas facetas. Existe o risco de polarizar a atenção em algumas delas, ignorando o resto. Fazendo isso, estaríamos repetindo os cegos da parábola. Cada um ficaria com uma visão unilateral e parcial.

    Para obtermos uma visão o mais integral possível do que é uma pessoa, devemos reunir, numa unidade, os numerosos aspectos que podem ser observados no ser humano.

    Pense Nisso!!!

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